O mito grego de Narciso está diretamente ligado a um fato da experiência humana, como a própria palavra Narciso indica: entorpecimento. Ele estava sonado, havia-se adaptado à extensão de si mesmo e tornara-se um sistema fechado.
O que importa neste mito, conforme McLuhan, é o fato de que os homens logo se tornam fascinados por qualquer extensão de si mesmo em qualquer material que não seja o deles próprios.
E não deixa de ser um sintoma bastante significativo das tendências de nossa cultura marcadamente tecnológica e narcótica.
Com o advento da tecnologia elétrica, o homem prolongou ou projetou para fora de si mesmo, um modelo vivo do próprio sistema nervoso central. Nesta medida trata-se de um desenvolvimento que sugere uma auto-amputação desesperada e suicida, como se o sistema nervoso central não mais pudesse contar como os órgãos do corpo.
2 comentários:
Macluhan nesse capítulo diz que narciso apaixounou-se por uma outra extensao de si mesmmo e que nós fazemos isso todo o tempo..quando ficamos nos tornamos "escravos" dos meios tecnológicos.
o debate foi muito interessante.
Rafael Seixas-Jornalismo
Turma: CJN01S2
Qualquer tecnologia ou invenção é uma extensão ou auto-amputação de nosso corpo, sendo que tal extensão exige novas relações de equilíbrios entre os demais órgãos e extensões do corpo. (p. 59-66)
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