Nas palavras de McLuhan, o mito grego de Narciso está diretamente ligado a um fato da experiência humana. Em sua análise, o mito revela que os homens logo se tornam fascinados por qualquer extensão de si mesmos em qualquer material que não seja o deles próprios, não deixando de ser um sintoma significativo das tendências de nossa cultura, marcadamente tecnológica e narcótica, o fato de havermos interpretado a história de Narciso como um caso de auto-amor.
Fisiologicamente, há razões para que nós mesmos mergulhemos num estado de entorpecimento. Pesquisas como as de Hans Selye e Adolphe Jonas sustentam que todas as extensões de nós mesmos são tentativas de manter o equilíbrio. Encaram essa extensão como "autoamputação", sendo o dispositivo da estratégia ou da força auto-amputativa acionado pelo organismo toda vez que a energia perceptiva não consegue localizar ou evitar a causa da irritação.
Qualquer invenção ou tecnologia é uma extensão ou auto-amputação de nosso corpo, e essa extensão exige novas relações e equilíbrios entre os demais orgãos e extensões do corpo. Mas o efeito do ingresso da imagem da televisão variará de cultura a cultura, dependendo das relações sensóriais existentes em cada cultura.
Conforme McLuhan, com o advento da tecnologia elétrica, o homem prolongou ou projetou para fora de si mesmo, um modelo vivo do próprio sistema nervoso central.
Se Narciso se hipnotiza pela sua própria imagem auto-amputada, há uma boa razão para o hipnotismo. A seleção de um único sentido para a estimulação intensa, ou numa tecnologia, de um único sentido "amputado", prolongado ou isolado, é a razão parcial do efeito do entorpecimento que a tecnologia como tal exerce sobre seus produtores e consumidores.
Fisiologicamente, há razões para que nós mesmos mergulhemos num estado de entorpecimento. Pesquisas como as de Hans Selye e Adolphe Jonas sustentam que todas as extensões de nós mesmos são tentativas de manter o equilíbrio. Encaram essa extensão como "autoamputação", sendo o dispositivo da estratégia ou da força auto-amputativa acionado pelo organismo toda vez que a energia perceptiva não consegue localizar ou evitar a causa da irritação.
Qualquer invenção ou tecnologia é uma extensão ou auto-amputação de nosso corpo, e essa extensão exige novas relações e equilíbrios entre os demais orgãos e extensões do corpo. Mas o efeito do ingresso da imagem da televisão variará de cultura a cultura, dependendo das relações sensóriais existentes em cada cultura.
Conforme McLuhan, com o advento da tecnologia elétrica, o homem prolongou ou projetou para fora de si mesmo, um modelo vivo do próprio sistema nervoso central.
Se Narciso se hipnotiza pela sua própria imagem auto-amputada, há uma boa razão para o hipnotismo. A seleção de um único sentido para a estimulação intensa, ou numa tecnologia, de um único sentido "amputado", prolongado ou isolado, é a razão parcial do efeito do entorpecimento que a tecnologia como tal exerce sobre seus produtores e consumidores.
Resumo do texto "Amante de gadgets. Narciso como Narcose", de Marshall McLuhan, apresentado em classe por equipe da turma CJN01S2.
(Post by Carlos Diego)
4 comentários:
Precisamos ressaltar que o equilíbrio entre corpo, órgãos e extensões é necessário. Pois o homem acaba por adotar as novas formas, tecnologias, como filhos, extensões dele próprio, que são diariamente contempladas, defendidas. Logo surge o efeito de narcose, o sistema nervoso definitivamente sofre esse efeito de droga, fica viciado com a situação.
Mirna Feitoza, CSN01S1, 2008
teste
Carolina Silva, CJN01S1, 2008/1
Com certeza, o mito grego de Narciso faz revelações de que os homens se fascinam por qualquer extensão de si mesmos. Tal extensão é encarada como auto-amputação. Contudo, qualquer tecnologia é uma auto-amputação de nosso corpo.
Aline Amorim
CSN01S1,2008
Narciso apaixonou-se pela sua própria beleza. Não imaginava ele, que aquela imagem era sua. O que importa neste mito é o fato de que os homens se tornam fascinados por qualquer extensão desse mundo,qualquer novidade da tecnologia eles se facinam
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